sábado, 15 de janeiro de 2011

As águas do Tom Jobim

O inesquecível compositor Tom Jobim, tinha um sítio na região serrana do Rio de Janeiro, em São José do Vale Rio Preto...

Lá ele ficava às vezes sozinho e "fazia tudo virar música", como cita o Estadão de hoje. 
O seu neto Daniel presenciou o desabamento da casa onde tantas vezes Tom  se inspirava na natureza. Paulo Jobim, filho de Tom e pai de Daniel  desabafa:
" Para mim, as comportas que foram abertas foram as comportas do céu," em referencia aos comentários sobre comportas serem abertas,
O neto Daniel vê as músicas do avô como "proféticas".
 "Ele tinha mesmo esse mistério", diz. Jobim mostrava em entrevistas preocupação com o desmatamento antes mesmo das discussões sobre a camada de ozônio. 
Águas de Março, feita ali na casa destruída por uma impiedosa enxurrada de janeiro, soa agora como uma previsão. "É pau, é pedra, é o fim do caminho / É um resto de toco/ é um pouco sozinho." Outra a sair das inspirações à beira do Rio Preto foi Dindi. "Céu, tão grande é o céu / E bandos de nuvens que passam ligeiras / Pra onde elas vão, ah, eu não sei, não sei / E o vento que toca nas folhas / Contando as histórias que são de ninguém / Mas que são minhas e de você também / Ai, Dindin."

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