segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ao grande poeta português

Hoje se vivo fosse, Fernando Pessoa faria 123 anos.Nasceu como Fernando Antônio Nogueira Pessoa, em Lisboa-PT.
É considerado uma dos maiores poetas da Lingua Portuguesa, e da Literatura Universal, tanto quanto Camões. Ao longo de sua vida, foi de tudo um pouco:escritor, empresário, tradutor, comentador político, jornalista, astrólogo, publicitário e até inventor.
Mas, como poeta é que se descobriu com múltiplas personalidades, heterônimos que são estudados e pesquisados até hoje. Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro(este foi o único heterônimo que não escreveu prosa), eram os heterônimos desse poeta maravilhoso que ano após ano, nos inspira, nos emociona.
No dia de sua morte, escreveu:"Não sei o que o amanhã me trará."
Minha homenagem ao grande escritor português em uma de seus heterônimos, a poesia de Álvaro de Campos:
Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras
Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras,

Acordar da rua do Ouro
Acordar do Rossio, às portas dos cafés,
Acordar
E no meio de tudo a gare, a gare que nunca dorme
Como um coração que tem que pulsar através da vigília e do sono.
Toda a manhã que raia, raia sempre no mesmo lugar,
Não há manhãs sobre cidades, ou manhãs sobre o campo
À hora em que o dia raia, em que a luz estremece a erguer-se
Todos os lugares são o mesmo lugar, todas as terras são a mesma,
E é eterna e de todos os lugares a frescura que sobe por tudo
E (...)
Uma espiritualidade feita com a nossa própria carne.
Um alívio de viver de que o nosso corpo partilha,
Um entusiasmo por o dia que vai vir, uma alegria por o que pode
acontecer de bom,
São os sentimentos que nascem de estar olhando para a madrugada,
Seja ela a leve senhora dos cumes dos montes,
Seja ela a invasora lenta das ruas das cidades que vão leste-oeste,
Seja (...)

Do Youtube, tomo emprestado para o leitor(a)


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