segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

As perdas do sábado 17 de dezembro de 2011


Neste sábado tivemos perdas que nos abalaram, aqui e além mar...



   O maior carnavalesco dos últimos 50 anos, Joãozinho Trinta seguiu para o andar de cima. O maranhense que reinventou o carnaval carioca, mágico dos detalhes na passarela do samba, do luxo e da alegria. Neste sábado o surdo tocou acompanhado da cuíca em um toque de tristeza, pois Joãozinho pede passagem! Vá com Deus Mestre da alegria e das cores, das fantasias e dos carros alegóricos maravilhosos, da Beija-Flor e da Viradouro.  Com ousadia e enredos luxuosos, Joãozinho Trinta passou a ser chamado de gênio e reinou no Rio de Janeiro conquistando os títulos do carnaval de 1976, 1977, 1978, 1980 e 1983. Ele ainda teve destaque com dois trabalhos carnavalescos que ficaram com a segunda colocação, em 1986 e em 1989.

   Além dele, se foi para outra dimensão, Sérgio Brito. Ator, diretor e empresário brasileiro, Britto dedicou a vida aos palcos desde 1945, quando participou de uma montagem da peça “Romeu e Julieta”, no Teatro Universitário. Atuou e dirigiu mais de 130 peças. Trabalhou no grupo Teatro dos Doze, no Teatro de Arena, no Teatro Brasileiro de Comédia e fundou, ao lado de Ítalo Rossi, o Teatro dos Sete, no final dos anos 60. Foi ator da Rede Globo. No teatro tive oportunidade de apreciar sua interpretação em Quatro Vezes Beckett, ao lado de outro fantástico ator teatral Italo Rossi, inesquecível.

   E para completar as perdas, Cesária Évora, a "Diva Descalça" também nos deixou. Que coisa...muita gente que eu curtia se foi hoje. É a vida, uns vão e outros seguem por ela, só me resta deixar minhas homenagens aos três com uma canção que curto muito, na voz dessa cantora maravilhosa que segundo o Jornal Liberal de Cabo Verde: "Ela é, sem qualquer dúvida, símbolo da cultura de um povo que fez da música razão de viver e mesmo sua mortalha. Ela foi exemplo de capacidade de sofrimento, tenacidade e coragem da mulher cabo-verdiana, sua expressão e voz. O corpo de Cesária Évora - aquela que uniu todos os cabo-verdianos, sem excepção - merecia repousar num panteão nacional, se ele existisse, ao lado dos heróis da sua resistência e luta, dos vates, daqueles que dignificaram a Pátria cabo-verdiana."

Cesária e Marisa Monte


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