terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ao meu Tio Antônio Luiz Ferreira da Silva


Gostaria de ter feito jornalismo, ou letras talvez, mas, trabalhando em turismo, acabei me formando nessa área, fui pra pós e hoje mestranda em educação, resolvi criar um blog. E, foi por causa disso, que tomei a liberdade de reportar...dias  sim, outros não, a criação de textos, a adaptação, os objetivos, o narrar é uma paixão em minha vida. De pequena, lembro-me de minha irmã mais velha a dizer que “a Celinha fala demais”, e meu irmão também “cala a boca Celinha! Você fala demais!”. Pois é, de quem será que se herda o dom de se falar demais? Estará no DNA? Estará nos valores em família? Ou estará em uma percepção? Creio que é um conjunto. Por isso tudo me vi educadora e continuo gostando de falar, e, repasso muitas vezes para os teclados os meus arroubos, que justificam essa minha maneira de ser.
Quanto à confiabilidade, acredito eu, que essa minha maneira de ser acaba muitas vezes sendo interpretada como àquela que fala demais, mas, me considero uma pessoa confiável, ora bolas! Acredito que a maturidade me transformou em uma pessoa confiável frente à minha família, se bem que para mim, não me importa o que falam ou pensam sobre minha postura, meu modo de ser, apenas sou o que sou, verdadeira. Detesto hipocrisias, abomino traição, gosto muito de ser amiga, e respeito meus semelhantes, principalmente minha família. Como diz o Francisco Azevedo em seu belo livro Arroz de Palma,  “ família é um prato difícil de se preparar”, os “ingredientes”, são nossos maiores tesouros: “coragem, devoção e paciência”.
Foto do Calendário criado por Suetônio(filho do Antonio Luiz)
E, tais ingredientes, são os que realmente ultrapassam o tempo, o cenário, as distâncias, sem se perderem em nossas memórias e em nossos corações.  Aliado ao processo da feitura desse prato vem o nome... isso, o nome da família, e, assim ou a gente esquece ou substitui. Explico: você pode até tirar o seu sobrenome, misturar a outro, mas, o nome do seu pai ou da sua mãe, não dá pra trocar, ele sempre vai ser a referência inicial de sua vida, sua origem, seus laços afetivos, seu mistério da vida...Assim, reporto hoje minha homenagem a um representante da minha família paterna, Ferreira da Silva. Que igual à tantas outras possui uma origem portuguesa.

A origem do sobrenome é controversa, mas tudo indica que tenha surgido no Império Romano para denominar os habitantes de regiões de matas ou florestas - silva, em latim, é "selva". Muitos desses habitantes se refugiaram do império justamente na península Ibérica (hoje Portugal e Espanha).Consta em alguns documentos antigos, da região do sul do estado do Piauí, que os primeiros Silva, vieram da região de Soure. Mas, não tenho muitas informações sobre isso, mas no livro Corografia Portugueza, Tomo III, Capitulo III, escrito em 1716, há uma citação  sobre as famílias nobres, e, dentre elas a Silva: Tem quinhentos e cincoenta vizinhos com familias nobres do appellido, Costas, Gramachos, Brandoens, Britos, Ataides, Homens, Quadros, Sequeyras, Mendanhas, Silvas, Mellos, Almeydas, Borges...
Quanto à família Ferreira, sua origem também é da península ibérica, que segundo Manuel Soveral em seu site sobre história e genealogia, informa que “O nome Ferreira é um daqueles apelidos portugueses que, para além das razões habituais de disseminação extra-familiar, não conta seguramente com uma única origem comum. Há desde logo, uma série de indivíduos que, pelo menos desde o século XIV e, sobretudo no XV, se documentam como pertencendo claramente ao conto plebeu, e outros que, não sendo possível documentá-los como tal, o deviam ser pelo estatuto aparente. Entre este Ferreiras populares do século XV aparece mesmo um alfaiate judeu e um mercador”...Ora, além disso, os Ferreiras,  são do Medievo também, uma época que eu admiro demais,  portanto, eu tenho mais é que honrar esta família maravilhosa , por isso que  garimpo na rede, mais informações sobre essa querida família paterna. Já usei outro sobrenome, mas, não larguei o meu Ferreira. Sendo assim, a homenagem ao único filho vivo dos Ferreira da Silva, Augusta e Heliodoro, e único  irmão vivo  de meu pai Belino, é a proposta de meu post. Antônio Luiz Ferreira da Silva, completa 95 anos. Ele é mais que um tio para mim, é um segundo pai, ou melhor, um paizão! 



Vídeo criado pelo neto do meu tio: Bruno.

Um homem impoluto, que me aceitou em seu núcleo familiar como sendo parte efetiva, não passante apenas, me deu amor e também aos meus filhos, que me protegeu na perda de meu pai querido, que me deu sua atenção, sua amizade, seu carinho e sua gentileza inigualáveis, e meu companheiro de vinho. Com ele é bom demais dividir uma garrafa de um cabernet sauvignon . Dar risadas, discutir as últimas notícias lidas no Jornal O Povo do dia! Seu Antonino, o senhor é merecedor de todo o meu respeito, de minha admiração, de minha homenagem neste post. Parabéns, meu Dindinho querido! Te saúdo com muita alegria!  Que Deus te ilumine e te proteja por muitos anos mais junto a nós!

Fontes: Arroz de Palma,www. soveral.com.pt;Google.pt;www.usinadesoluções.com.br

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